Não há como negar: somos seres insatisfeitos por natureza.
Estamos sempre buscando aqui e ali uma forma de preencher o que nos parece um vazio imenso.
As vezes, por medo do diferente, ficamos uma vida inteira no básico, sonhando com o mais alto.
Outras vezes, nos arriscamos - só um pouquinho - e, desiludidos com a primeira dificuldade, voltamos para o aconchego da mesmice. Aconchego, eu disse? Que raios de aconchego é esse que nos atormenta, que tira nossa paz e nos transforma em seres arredios, invejosos, frustrados e mal-humorados? Na verdade a palavra correta seria "comodidade", voltamos para a comodidade da nossa vidinha sem graça e sem novidades.
Observamos, de longe, os ousados. Aqueles que se atrevem a fugir do lugar comum, que buscam realizar seus sonhos, que atingem quantas metas lhes são possíveis alcançar. Algumas vezes os rotulamos de malucos, de insensíveis (porque não se incomodam com os que ficam para trás, dentre estes nós mesmos). Achamos que os indivíduos que se aventuram são irresponsáveis ou têm sorte na vida. Na verdade, são inconformados. Ok, todos nós somos. Mas existe uma diferença: Alguns se ajeitam no inconformismo e faz disso profissão e outros decidem transformar essa característica em alavanca para novas idéias, novos desafios. Esses são os que vencem.
Mas - sempre existe um mas, a natureza humana é provida de desejos. Por mais que nos acomodemos a uma determinada situação, uma hora nos cansamos, o copo transborda, a consciência clama... e bate aquele desejo de mudar, de transformar nossa vida, nossa existencia. Infelizmente esse desejo nem sempre vem por livre espontânea vontade. Uma doença, uma dificuldade econômica, enfim, uma crise qualquer vem e puxa o gatilho. Sim, o desejo é como um projétil. Uma vez puxado o gatilho não há quem o segure. Mas cuidado! Ele sempre ricocheteia e volta para nós, em resposta.
É mais ou menos assim: Se eu quero algo viável, ele vai bate no alvo e volta para incrementar novas conquistas. Se o que eu quero está desprovido de intenção e força ele encontra esses obstáculos e volta com intensidade suficiente para nos derrubar... de frustração.
Mas voltando ao " Um Projétil chamado Desejo" (que tal um filme com esse nome?), depois de deflagrado o melhor é analisar sua trajetória. O bom disso tudo é que o caminho que ele percorre pode ser mudado e/ou direcionado por nós. Não há aqui nenhuma contradição com o que eu disse anteriormente. Vejam que não podemos conter o desejo quando ele surge, mas podemos direcioná-lo. Tentar conter significa que ele vai explodir em nós, matando nossa autoestima, descolorindo nossa existência. A vontade pode ser aprisionada e até destruida, porém o desejo não.
Nessa perspectiva de avanço, de levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima, há uma medida que precisa ser tomada para que a coisa funcione: chama-se mudança.
Tem pessoas que acreditam que se mudarmos de casa, de cidade, de amigos... a vida muda.
Desculpe! Estão redondamente enganados. A não ser é claro que você deixe tudo para trás, e quando digo tudo estou me referindo ao subjetivo, ao emocional porque o que é material não conta.
E se você tem coragem de abandonar todos os velhos conceitos entao você está mudando. Está obedecendo ao desejo de transformação. Parabéns!
Obrigada, por prestigiar meu blog.
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