No texto “Sonhando sonhos”
falei da necessidade que temos de manter vivos os nossos sonhos e da importância
de suas fases, que comparei as da Lua, no desenvolvimento dos nossos projetos e
para alcançar metas. Falei muito rapidamente da diferença entre esse tipo de
sonho e os delírios, entre sonhar o possível e viver no impossível.
Confesso que publiquei
o artigo e algo ficou me incomodando, como se estivesse faltando uma letra ou
uma vírgula. Logo depois, recebi a visita da amiga Luciana, do Blog Navegando no Cotidiano, que
lançou uma pergunta que mexeu com algumas questões que já rondavam minha mente.
“Será que há limites para impossibilidade?”
A partir daí fiquei imaginando
que se existe sonhos impossíveis como poderemos acreditar que somos do tamanho
dos nossos sonhos...
Pensei muito a
respeito, pesquisei casos de superação, busquei minhas anotações referentes aos
livros que li e cheguei à conclusão de que somos sim, do tamanho dos nossos
sonhos. Se sonharmos pequeno, realizaremos pouco, se sonharmos grande, cresceremos
o bastante para realizar. Tudo vai depender da nossa vontade de sair do campo onírico
para a execução.
Existem pessoas que
passam a vida querendo o mínimo para subsistência e o obtém com grande esforço.
Outras desejam sempre o máximo, inspiradas pelas ofertas do externo e se
desesperam quando não conseguem, sentindo-se uma nulidade. Mas existem aqueles
que, acreditando em sua capacidade de gerar oportunidades, sonham alto e
procuram com calma traçar planos e metas e segui-los com objetividade. Estes
são os que conseguem vencer a si mesmos e tornar os sonhos realidade.
Mas e se o sonho for
impossível? Entendo que não há sonhos impossíveis, que existem situações que
não cabem na nossa história atual, que representam para o orgulho uma
sustentação, mas que não serão chamados de conquista.
Por que estou dizendo
isso?
Todos nós conhecemos ou
ouvimos falar de alguém que passou a vida inteira sonhando com algo que não
realizou. É mais comum do que possamos imaginar. Ficam por anos a fio
alimentando uma ideia fixa, acreditando que no futuro ela se tornará realidade,
porém não fazem nada de concreto para que isso aconteça. Quando questionados, possuem
um discurso pronto, uma desculpa perfeita para justificar a inércia. Daí surge
a ideia do sonho impossível, o que nos remete à pergunta inicial: “Há limites
para impossibilidade?”
Fernando Pessoa tem
uma frase muito interessante que diz assim “Não sou da altura que me veem, mas
sim da altura que meus olhos podem ver”, ou seja, estou sempre aonde me coloco.
Vamos pensar em uma
pessoa sem braços e pernas, quais seriam as chances de aprender a nadar? A
primeira resposta que nos vem à mente é: nenhuma ou quase. Mas, vejam, em 2010,
Philippe Croizon, um homem de 42 anos, que perdeu os quatro membros por causa
de descargas elétricas quando desmontava uma antena de televisão, usou próteses
equipadas com barbatanas afixadas à altura dos joelhos e cruzou o Canal da Mancha
em pouco mais de 13 horas. Existem muitos outros casos que não vou expor porque
tornariam este texto ainda mais extenso.
O fato é
que se pensarmos no impossível descobriremos diversos caminhos em sua direção.
Caminhos tortuosos, estradas pedregosas, obstáculos intransponíveis... Olhando
para o impossível não se pode divisar um limite, porque o impossível é o
próprio limite que nos mantém distantes do objetivo.
Fhilippe Croizon - http://www.philippe-croizon.com/photos.htm |
Obrigada por prestigiar meu blog. Volte sempre!
5 comentários:
Quem pode responder quais são verdadeiramente os paradigmas da humanidade. Gostei muito do seu blog. Parabéns!
Oi Célio, obrigada, pela visita, este blog é uma casa de portas sempre abertas. Abraços
Diicaa Boaaa!
http://webgleicy.blogspot.com.br/
Oi flor, que emocionante as suas palavras, e, o quanto é extremamente importante a conscientização do "quem somos", porque somos o que queremos ser, sempre! Parabéns pelo blog. Estarei sempre por aqui. Já curtindo e, agora seguindo!! Bjkas
Olá Rytta, obrigada pelo carinho. Volte sempre. Beijos.
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