Hoje resolvi falar sobre a dificuldade de ser feliz.
Algumas pessoas acreditam que não dá para ser feliz,
pois o medo e a incerteza nos acompanham, a violência nos aprisiona, a
ingratidão nos deprime, a traição nos desola e a falta de dinheiro nos limita. Mas
enquanto uns pensam assim, outros se divertem como podem. Riem, passeiam,
trabalham, vão às compras e acham que a vida é maravilhosa.
O que as tornam diferentes? O desejo de ser feliz!
Todos os dias, nos deparamos com pessoas angustiadas, sofridas que anseiam uma perfeição neurótica, enquadrada em padrões que não se coadunam com as exigências e expectativas do outro. Um sentimento que bloqueia nossas ações porque estamos sempre querendo fazer e controlar o máximo para desagradar o mínimo possível. Porém a sensação de que não somos aceitos é contínua por mais que nos esforcemos e nesse desejo onipotente de controle, nos tornamos exigentes e intolerantes.
Todos os dias, nos deparamos com pessoas angustiadas, sofridas que anseiam uma perfeição neurótica, enquadrada em padrões que não se coadunam com as exigências e expectativas do outro. Um sentimento que bloqueia nossas ações porque estamos sempre querendo fazer e controlar o máximo para desagradar o mínimo possível. Porém a sensação de que não somos aceitos é contínua por mais que nos esforcemos e nesse desejo onipotente de controle, nos tornamos exigentes e intolerantes.
Passamos a nos irritar com o comportamento alheio sem
perceber que o que nos irrita é precisamente aquilo que tentamos esconder em
nós.
Mas por que estamos sempre presos a essa negatividade?
Porque temos tanto medo de sofrer quanto de ser feliz. Pensar no mal faz com que, magicamente, afastemos
de nós o perigo além de esconder nossos ideais mantendo-os protegidos.
São crenças que adquirimos ainda muito pequenos, quando nos ensinaram que precisamos estar sempre atentos, que estamos a mercê da inveja e do desafeto dos nossos
inimigos. Por um lado esse tipo de pensamento é um bálsamo para o nosso
orgulho, afinal se algo não der certo, basta olhar para os lados e procurar um
bode expiatório, porém isso não aplaca nossa angústia. Ao arrumar um culpado
causamos em nós o sentimento de rejeição: se nos prejudicam é porque não somos
amados e fica cada vez mais difícil viver nesse mundo hostil que criamos. Isso
me faz lembrar uma historinha que ouvi.
Conta-se que na entrada de uma pequena cidade ficava
sempre um ancião, observando a paisagem e informando os motoristas que por ali
passavam. Certo dia foi abordado por um casal que queria saber como era a
cidade, pois pretendiam viver ali. O homem pensou e perguntou: ‘Como é o lugar
de onde o senhor vem? ’ ao que o motorista respondeu: ‘ infelizmente é uma
cidade feia, suja, as pessoas são incapazes de amar e respeitar umas as outras,
vai ser um alívio sair de lá’.
O ancião coçou a cabeça e respondeu: ‘Acredito que o
senhor não vai gostar daqui. Tudo que está querendo deixar pra trás é o que vai
encontrar aqui’.
Passados alguns dias outra família para e mais uma vez
o ancião é questionado. Faz a mesma pergunta ao motorista e recebe como
resposta: ‘ah, minha cidade é maravilhosa. Conhecemos muita gente, temos muitos
amigos... Vamos sentir saudades’. Ao ouvir isso o ancião abre um grande sorriso
e diz: ‘ sejam bem-vindos, vocês serão muito felizes aqui. Essa cidade é limpa
e hospitaleira’.
Um rapaz que ouvira as duas conversas perguntou, confuso, ao ancião. ‘Como pode ser isso? Para um, o senhor disse que a cidade
era ruim e para o outro que ela é maravilhosa... ’
O ancião, tranquilamente respondeu: ‘Eu não menti, nem
fui contraditório. Cada um dos homens que me abordaram terá da cidade a mesma visão
de mundo que carregam dentro de si’.
Pois é, meus amigos e amigas, cada um de nós enxerga a
vida com as cores que carrega consigo. O problema é que estamos sempre
procurando a combinação perfeita, a ordem perfeita, o indivíduo perfeito, um
mundo perfeito repleto de histórias com finais perfeitos, quando para ser feliz
é preciso apenas viver um dia de cada vez na simplicidade que a vida nos oferece.
Muito obrigada, por prestigiar meu blog.
Muito obrigada, por prestigiar meu blog.
9 comentários:
Oi minha amiga... acho esta história muito legal. Nossa vida é exatamente como a vemos, porque criamos nossos fantasmas e nossa incapacidade e lidar com nossos percalços...
Assim, nossa "cidade" sempre vai ser como a enxergamos!
Beijo no coração
Amiga penso que todos temos o que apontas perfeitamente em post, apenas penso que o mais difícil é todos se descobrirem como são para depois entenderem o outro, pois é mais fácil se ver o outro e pensar como e deve melhor nisso ou naquilo outro, mas o que vemos pensar é como poderei eu melhorar para ver que tudo na sua volta fica mais colorido e muito mais feliz e então quando de repente irá notar que perdeu o tal falado medo de Ser Feliz e passa a sorrir para a vida e entender que depois é só alegria.
Também aproveito seu espaço para transcrever aqui sua belíssima conclusão para servir de exemplo ao demais de como ter um correto proceder bem assim a seguir:
"Pois é, meus amigos e amigas, cada um de nós enxerga a vida com as cores que carrega consigo. O problema é que estamos sempre procurando a combinação perfeita, a ordem perfeita, o indivíduo perfeito, um mundo perfeito repleto de histórias com finais perfeitos, quando para ser feliz é preciso apenas viver um dia de cada vez na simplicidade que a vida nos oferece."
Olá Isabel,
Primeiramente parabenizo-a pelo blog! Muito bom!!
O texto sobre a felicidade é excelente. De fato as pessoas têm muita dificuldade quando se trata deste sentimento. Acabam dificultando que poderia ser simples.
Um grande abraço
Obrigada, Valéria, por contribuir com seu comentário. Ele é muito importante pra mim. Beijos
Obrigada, meu amigo Charles Netto. Você sempre muito sensivel e pontuando com inteligência seus comentários, agregando mais valor aos nossos textos. Um grande abraço.
Muito obrigada pela visita e pelo comentário, amigo "Psiquismo Desmistificado". Meu blog é uma casa de portas abertas. Volte sempre. Abraços
Oi Isabel,
Boa noite! O texto é um caminho para se perceber a felicidade sob o olhar, sob a construção e posição. Talvez o abandono a felicidade prozac, pensando em um menor nível de expectativa e uma maior realidade.
Obrigada pela passagem no Navegando no Cotidiano e parabéns pelos textos que acrescentam e elevam a discussão;
Lu
Gosto muito do seu blog, adorei o texto, compartilhei no meu =)
Oi, Lah, que bom receber sua visita, menina!
Fiquei feliz com o compartilhamento, fique à vontade, a casa é sua.
Beijos.
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