Olá

Bem-vindo a este blog, fico muito feliz com a sua visita. Receber amigos é algo que nos estimula e realiza.


sábado, 24 de dezembro de 2011



A todos os amigos, que visitam meu blog e prestigiam meus textos, eu desejo um Super Natal, recheado de saúde, paz, amor e união. Que nessa data possamos todos rever nossas ações, nossos sentimentos. Confraternizar-nos com a família, mas antes de tudo conosco mesmo, perdoando nossas falhas e compreendendo nossos limites. Que possamos renascer na manjedoura da humildade  e seguir confiantes guiados pela estrela da fé, removendo os obstáculos do medo, da indecisão. Removendo o muro das lamentações para erguer o farol do otimismo. Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

Em 2012, estaremos de volta com novos textos e algumas idéias para participação dos amigos. Fiquem atentos.

Abraços

Isabel Ruiz

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Autoafirmação


Eu sou burro(a), nada do que eu faço dá certo!Quantas vezes você diz isso por dia? Quantas vezes você afirma e reafirma falsas idéias a seu respeito?
O que você está tentando fazer: algo que conhece e lhe dá prazer ou tenta realizar o que está na moda ou que agrada a maioria?
A que apelo está atendendo: ao seu próprio ou do grupo ao qual pertence?
Muitas são as oportunidades e realizações, da mesma forma que diversas são as potencialidades humanas.
O que acontece, geralmente, é que um indivíduo com grande potencial para uma determinada área desvia sua atenção para outros campos mais lucrativos, mas que embotam sua criatividade, seus sentidos. Sem conseguir adaptar-se cria rótulos pejorativos para si mesmo.
O ser humano não é burro, ao contrário, é dotado de inteligência e poder criativo. Tem diante de si inúmeros caminhos ou escolhas. Todavia, não ouve sua interioridade. Age por impulso, interesses diversos e não mais inventa, descobre, inova... Faz cópias! Copia o que é comercial, o que traz “status”; copia o que faz o outro feliz na vã tentativa de preencher seu vazio existencial porque, despido do sentimento de autovalor, visa o que está fora, aquilo que lhe dá a ilusão de segurança, poder e sucesso.
A inteligência se sobressai na execução de uma tarefa que toca o homem em sua sensibilidade. Não há poder criativo onde não há envolvimento. O homem não é, nem está burro. O homem é levado pelas circunstâncias e está ausente de si mesmo, contrariando sua natureza, seus dons e vivenciando apenas o supérfluo, o momentâneo.
Ser inteligente não é saber tudo, conhecer tudo, ter todas as respostas, mas conhecer e respeitar suas limitações, saber aproveitar seus dons naturais. Ser inteligente é valorizar seus atributos, aperfeiçoar, buscar conhecimento.
Se o homem tivesse o poder de saber todas as coisas, não precisaria do outro, viveria sozinho, não desenvolveria o altruísmo, os sentimentos de amor e amizade. Vivemos em grupos também por conta de nossas limitações, interagimos aprendendo e ensinando, criando e vendo criar, porque se não construímos prédios, sabemos construir máquinas; se não sabemos costurar, sabemos cozinhar e assim por diante, servindo aos nossos propósitos e a serviço do grupo em que vivemos.

domingo, 3 de julho de 2011

Velhos e palhaços

Atendendo a mais uma sugestão de amigos que visitam o blog: "Como as pessoas às vezes se sentem velhos e palhaços".
O termo velho, segundo o dicionário digital Aulet, é: que tem muita idade, antigo. Muito gasto ou usado . Ultrapassado, desatualizado. Às vezes a palavra é usada em tom íntimo e carinhoso - meu velho.
Dentro da visão comum, velho é aquele que já viveu muito e que, apesar da vasta experiência, não pode mais tomar decisões, dispor dos seus bens e cujas declarações são tidas como ultrapassadas ou, quando muito, vistas com certa condescendência.
O palhaço, por sua vez, é o que faz rir. Apesar da aparente fragilidade e de seus olhos tristes, alegra por seu jeito desengonçado e suas atitudes estabanadas.
O que eles têm em comum? Os dois possuem aspectos que o homem teme mostrar de si e ninguém quer ser velho ou palhaço.
Mas a questão proposta é: por que nos sentimos assim?
A certa altura da vida, o homem deixa de se ver como indivíduo. Acostuma-se a pensar e ser pensado como seguimento de alguém ou de alguma coisa. É a família, o trabalho, o grupo social...

Isso não acontece de repente. São construçoes mentais elaboradas no decorrer do tempo. Esse ser pensante e pensado foi criando pouco a pouco, pelas normas sociais. Como disse Simone de Beauvoir em seu livro A Velhice: "O homem não vive nunca em estado natural; na sua velhice, como em qualquer idade, seu estatuto lhe é imposto pela sociedade à qual pertence".
Alienado, vai aprendendo a viver pendente da vontade do outro. Algumas vezes rechaçado em suas idéias e iniciativas, acumula no decorrer do tempo perdas e frustrações: no trabalho, na família, com os amigos. Perde juventude, força, resistência e flexibilidade, autoestima e, consequentemente, autoconfiança.
O sentir-se velho independe da idade física, mas equivale à idéia que o indivíduo faz de si mesmo. Do tempo que ele dedica a satisfazer os desejos e caprichos alheios. Da quantidade de sonhos e expectativas que deslocou para fora, em direção ao outro.
Aquele que se entrega de corpo e alma ao trabalho poderá sufocar a criatividade. Um homem, independentemente da idade, pode sentir-se velho se deposita toda sua energia, por exemplo, na família.
O indivíduo acostumado a ser arrimo poderá transferir aos familiares suas esperanças e anseios. Um dia acordará como escravo de seus sentimentos e daqueles que adotou. Não saberá dizer não e por sua subserviência não será ouvido. Passou tanto tempo fora de si mesmo que não enxergará as mudanças.
Torna-se intolerante e intolerado. Como ser no mundo precisa sobreviver e para isso busca inscrever, de alguma forma, a sua amargura na realidade. E se pensa palhaço, pinta a alma. Em uma linguagem coloquial, representa o bobo da corte, o que é fácil de ser enganado, que age de forma ridícula, que é alvo de constantes piadinhas "inofensivas" sobre suas idéias e conceitos. 
Quando se vê como velho, ultrapassado e sem valor, leva um choque. De posse dessa verdade, adentra o caminho da depressão ou da superação. O primeiro é na verdade um adeus à saúde, ao controle da própria vida. O segundo, é a porta estreita que exige sacrifícios e autodominio.
Sentir-se velho não é raro de acontecer. O importante é ter consciência de que a causa não é uma situação isolada, vem de uma escolha de caminho, e caminhos sempre se pode mudar começando por aprender a rir de si mesmo.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Procura-se uma pessoa perfeita.

Procura-se uma pessoa, de carne e osso, que nunca tenha se queixado.
Que tenha todas as certezas. Que não sinta medo.
Que goste tanto do branco quanto do preto, do verde, do vermelho, do azul, do amarelo e de tantas quantas cores surgirem.
Que saiba dizer sim, sim; não, não, todo o tempo. Que não aponte o dedo, não julgue, não condene e nem critique.
Que respeite a individualidade do ser e em cada situação o seu parecer, a sua compreensão. Que consiga viver a própria vida sem se preocupar com o que os demais pensam ou fazem.
Procura-se uma pessoa que utilize a sua crença em benefício da própria salvação, porque salvar o próximo ensinando-o a  fazer o que julgamos correto é fácil, o difícil é curar o ego.
Procura-se uma pessoa sem máscaras, sem neuroses...
Se você não se encaixa nesse perfil, não se desespere. Bem-vindo ao mundo dos mortais (normais).
O homem é um ser de antíteses, complexo demais para ser resumido em certo e errado. Nos caminhos que a humanidade trilha para a perfeição (relativa) encontra-se o bem e o mal, na sua forma exterior e/ou interior.
Os que desejam  alcançar essa utopia cuidem primeiro de si mesmos.
Mas, se alguém conhecer esse ser vivente, de carne e osso, por favor, indique o analista mais proximo. Embora pareça um ideal a ser seguido, o ser humano assim é um sofredor. Um visionário, que usa a religião ou outro segmento como armadura.
Uma pessoa que, não tendo coragem de se expor, de viver como gostaria, trata de impedir que os outros tenham essa experiência salutar.
Sim, isso mesmo que você leu: experiência salutar.
Não é bom viver se castrando, inventando uma santidade que não possui. Todos somos anjos e demônios. Se observamos os gostos e reclamos do outro é porque estamos com tempo e disposição para isso. Estamos fora de nós mesmos mirando o alvo alheio.
Eu não sei o que é melhor para a humanidade, sei apenas o que é melhor para mim e isso já me torna uma pessoa extremamente ocupada.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Respondendo às sugestões

No quadro de participações do blog existem algumas sugestões que não foram debatidas. Procurando colocar em dia e em respeito àqueles que participaram vou tentar explanar sobre os temas.
Primeiramente foi perguntado a respeito do autor da frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher". Este tema veio à tona por causa de um texto que escrevi http://espacovidaemconstrucao.blogspot.com/2010/01/por-tras-de-um-grande-homem-tem-sempre.html#more. Pesquisei sobre o assunto na época e agora mais uma vez. Essa é uma frase originalmente da língua inglesa "Behind every great man there´s a great woman", de autoria desconhecida e utilizada em diversas ocasiões. Em 1945 foi citada pelo zagueiro americano Meryll Frost quando recebeu o troféu de atleta mais corajoso e, nas décadas de 1960/1970, foi um dos slogans do movimento feminista, o que significa que sua autoria é anterior a estas datas.Em todo caso, hoje, entendemos que a dita frase ainda contém uma conotação preconceituosa, tanto para um lado quanto para o outro. Injusta, porque coloca a mulher escondida atrás do homem e, por outro lado, sugere que ele não seja capaz de realizar sozinho. Por justa razão, homens e mulheres só crescem se caminham lado a lado, com camaradagem e apoio mútuo. Qualquer coisa fora desse contexto é preferência e toda preferência é injusta.

Da mesma forma é a nossa relação com os amigos que conquistamos. Homens ou mulheres, somos responsáveis por aquilo que cativamos. Somos responsáveis por manter essa convivência sem contudo perder a individualidade.Os amigos saberão reconhecer nossas competências e aceitar nossos gostos, assim como temos a obrigação de respeitar o que nos oferecem. Aqui, aproveito para discorrer sobre o tema proposto "minha experiência com o Dihitt" , um site do qual participo já há algum tempo.
Posso dizer que foi e é uma experiência agradável já que me enseja ter contato com diversos textos, gostos e personalidades, além de divulgar o que escrevo e ter uma visão do que agrada ou não. E é ai que mora o perigo!
Somos seres essencialmente carentes. Queremos ser aceitos e naturalmente vamos nos moldando para isso. Corremos o risco de, pouco a pouco, deixar o que realmente nos agrada para seguir a onda. Meus blogs, depois do Dihitt, foram acessados diariamente e muitos dos amigos curtiram o que escrevi, o que me deixou imensamente feliz. Mas lentamente deixei de sentir prazer em escrever e notei que os blogs estavam perdendo suas características. Os temas não continham mais a profundidade que eu desejava e corria o risco de transformar os blogs em diários. Parei. Parei para entender o que estava acontecendo e cheguei à conclusão que queria agradar a todos ou pelo menos o maior número de amigos. É assim mesmo que acontece e não sou diferente da maioria. Mas hoje, para ser fiel a mim e aos que me seguem por prazer, por acreditar em meus textos, procuro me agradar primeiramente e escrever apenas o que gosto e que tenha alguma utilidade. Mas o convívio com os amigos dihittianos é muito bom e por isso voltei.
Foi sugerido, ainda, que eu falasse sobre a "importância do nosso espaço". Não entendi muito bem se é sobre o Dihitt ou outro, mas enfim vou falar de espaço/oportunidade. Sempre que participamos de blogs, sites de relacionamentos, escola, ambiente de trabalho e outros, estamos sujeitos ao aprendizado. Vamos acrescentando novas experiências, conhecendo outros universos e, na troca de informações, abrimos as portas do nosso mundo. Saímos da redoma do egocentrismo e aprendemos a viver, pelo menos em teoria, com o outro. Em contrapartida teremos a oportunidade de aprender a lidar com as próprias dificuldades, em saber lidar com as diferenças sem se deixar levar pelo desejo exagerado de aceitação.
Agradeço as sugestões de temas e peço desculpas pela demora em responder. Cada um tem o seu tempo e o meu somente agora segue pacificamente o compasso do tic-tac do relógio.
 Um grande abraço e muito obrigada por prestigiar meu blog.

terça-feira, 14 de junho de 2011

De volta pro meu aconchego...

Para falar de retorno é preciso primeiramente falar de partida - palavra de vários significados.
Utilizarei, num sentido figurado, como separação, afastamento.
Há um momento em que necessitamos nos afastar para rever posturas, idéias e objetivos. Momentos de mudanças...
Esse meu momento chegou ano passado, como um desejo de descobertas e novos conhecimentos. Mudei de país, mudei a forma de encarar velhos problemas e precisei, para isso, de um tempo. Lembrei da águia que para se reformar busca o pico da montanha mais alta. Meu cume foi outro continente. Subi a montanha e, desde então, venho processando minhas transformações para alçar novos vôos.
Não posso dizer que esteja sendo fácil - quem disse que seria? - Há que sofrer as dores do renascimento; parto dificil, fórceps... O importante é não temer a liberdade, o bater de asas. É enfrentar as dificuldades que as mudanças acarretam.
Este fragmento de um texto de Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio, nos dá a perfeita visão desse terror à liberdade:
                   "Una mañana nos regalaron un conejillo de Indias. Llegó a casa enjaulado. Al mediodía le abri la puerta de la jaula. Volvi a casa al anochecer y lo encontré tal como lo habia dejado: jaula adentro, pegado a los barrotes, temblando del susto de la libertad..."
Não é tarefa fácil sair da jaula e enfrentar outros mundos, novas idéias. É um momento de introspecção, de uma longa e dolorosa conversa com seus fantasmas e demônios interiores. Ouvir a voz do anjo é fácil, mas para seguir seus ensinamentos precisamos, primeiramente, compreender nossa tendência à negação e racionalização. Negamos, quase sempre, as nossas potencialidades em nome de uma aceitação absurdamente escravizante. Racionalizamos nossa conduta, tentando explicar o inexplicável. Substituímos nossos ideais por outros que a convivência social nos impõe.
Nesses momentos se faz necessário certa reclusão. Afastar-se das vozes externas para ouvir melhor a que vem de dentro. Àquela que nos remete a nossa própria experiência de vida.
Embora dolorosa, essa vivência tem sempre um resultado favorável.  No retorno, a convivência se torna mais producente. É o que espero agora. Que meus textos reproduzam esse crescimento, esse renascimento.
Este blog é a minha casa, sempre de portas abertas: antes, durante e depois da reforma.
Estou de volta...