A mulher, em toda história humana, foi a primeira a sofrer discriminação e sem poder fugir ou reagir, já que sua relação com o opressor sempre foi muito estreita e necessária. No decorrer da história a mulher foi mantida cativa por um método cruel e eficiente, sendo atingida em seu corpo e em seu amor-próprio atribuindo-lhe nódoas e culpa sexual. A ela foram inculcados anos e anos de inseguranças e medos. O próprio Freud (1856-1939), pai da Psicanálise, tinha pelas mulheres um olhar condescendente, referindo-se a elas como “o sexo frágil” ou “as delicadas”. Contrapondo-se a essas idéias, Otto Rank (1884-1939) e Alfred Adler (1870-1937), psicanalistas austríacos e discípulos de Freud, consideravam o preconceito contra as mulheres uma “doença cultural”.