Depois de tanto tempo afastada retomo meus escritos. Quando estamos longe, nos parece difícil voltar, e realmente o é. É preciso força de vontade para retornar e dizer: "Oi, estou de volta!" Mas acima de tudo existe um contentamento por estar em casa, rever nossas coisas, nosso espaço...
Pra isso, olhei meus textos mais recentes e pensei com qual eu poderia voltar, mas nada melhor que chegar em casa e falar dos nossos sentimentos, por isso aproveitei o resultado de uma conversa que tive ontem (13/12/2013) com minha filha.
Ela me falou sobre um video com uma "pegadinha" em um bairro "de negros"
nos EUA, onde 3 atores 1 negra - cabeleireira, 1 negro - cliente e 1 loura- namorada do cliente, viviam a seguinte situação em um salão: a profissional enquanto trabalhava no cabelo do rapaz se insinuava pra ele, nisso a namorada branca chega e o cumprimenta. A cabeleireira então passa a ofender a garota, dizendo que o rapaz não deveria namorar uma branca e diz uma série de desaforos e impropérios. Na primeira exibição uma mulher a defende, na segunda todos se calam, na terceira um rapaz toma sua defesa quando ela sai do salão, magoada, e na 4ª apresentação, uma mulher chama a atenção da profissional e lhe dá uma lição mais que moral, uma lição de amor ao próximo que leva a atriz às lágrimas. Como não falo inglês minha filha foi traduzindo os diálogos e essa última
mensagem ficou martelando na minha mente porque é EXATAMENTE o que eu
penso.
Então deixo aqui meu sentimento, minha postura diante dessa questão tão debatida ultimamente que é o preconceito.
E eu penso assim:
"Já houve dominação por tempo demasiado
longo, não é hora de querer começar outra, mas de caminhar juntos.
Negros, brancos, amarelos, vermelhos... homo, hétero... cristãos, não-cristãos... não somos tipos de pessoas, somos pessoas de diferentes tipos físicos, mas isso não é problema porque se
fosse seríamos todos defeituosos, a começar por nossas mãos: não temos
um dedo exatamente igual ao outro e nossas mãos se unem perfeitamente a
outras em um aperto de mão, se adapta a um carinho... Deveríamos odiar
nosso lado direito, já que não é exatamente igual ao nosso lado
esquerdo. Já perceberam isso na hora de comprar um sapato? Pode parecer
um exemplo tolo, mas somos todos parte de um grande corpo chamado Terra.
Não somos nada uns sem os outros. Se antes nos machucamos foi porque
não tínhamos o entendimento que temos agora. Progredimos... pelo menos
quero crer que progredimos moral e espiritualmente. E a única forma de
demonstrarmos isso é através do perdão e da reconstrução. Ninguém é
melhor que ninguém, somos iguais. Todos sofremos os efeitos das mesmas
leis universais. Sair da condição de dominado para a condição de
dominador não é lutar por direitos, mas extravasar o ódio através da
vingança. Ninguém sai ganhando. É apenas trocar uma ignorância por
outra. Não faz sentido. Como disse a pessoa no video: tudo deve terminar
com abraços (hugs) help us grow spiritualy - ajudando-nos a crescer
espiritualmente (algo assim)."
Eu acredito nisso, e você?
Obrigada por visitar o meu blog