Olá

Bem-vindo a este blog, fico muito feliz com a sua visita. Receber amigos é algo que nos estimula e realiza.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Limite da Impossibilidade



No texto “Sonhando sonhos” falei da necessidade que temos de manter vivos os nossos sonhos e da importância de suas fases, que comparei as da Lua, no desenvolvimento dos nossos projetos e para alcançar metas. Falei muito rapidamente da diferença entre esse tipo de sonho e os delírios, entre sonhar o possível e viver no impossível.
Confesso que publiquei o artigo e algo ficou me incomodando, como se estivesse faltando uma letra ou uma vírgula. Logo depois, recebi a visita da amiga Luciana, do Blog Navegando no Cotidiano, que lançou uma pergunta que mexeu com algumas questões que já rondavam minha mente.
 “Será que há limites para impossibilidade?”
A partir daí fiquei imaginando que se existe sonhos impossíveis como poderemos acreditar que somos do tamanho dos nossos sonhos...
Pensei muito a respeito, pesquisei casos de superação, busquei minhas anotações referentes aos livros que li e cheguei à conclusão de que somos sim, do tamanho dos nossos sonhos. Se sonharmos pequeno, realizaremos pouco, se sonharmos grande, cresceremos o bastante para realizar. Tudo vai depender da nossa vontade de sair do campo onírico para a execução.
Existem pessoas que passam a vida querendo o mínimo para subsistência e o obtém com grande esforço. Outras desejam sempre o máximo, inspiradas pelas ofertas do externo e se desesperam quando não conseguem, sentindo-se uma nulidade. Mas existem aqueles que, acreditando em sua capacidade de gerar oportunidades, sonham alto e procuram com calma traçar planos e metas e segui-los com objetividade. Estes são os que conseguem vencer a si mesmos e tornar os sonhos realidade.
Mas e se o sonho for impossível? Entendo que não há sonhos impossíveis, que existem situações que não cabem na nossa história atual, que representam para o orgulho uma sustentação, mas que não serão chamados de conquista.
Por que estou dizendo isso?
Todos nós conhecemos ou ouvimos falar de alguém que passou a vida inteira sonhando com algo que não realizou. É mais comum do que possamos imaginar. Ficam por anos a fio alimentando uma ideia fixa, acreditando que no futuro ela se tornará realidade, porém não fazem nada de concreto para que isso aconteça. Quando questionados, possuem um discurso pronto, uma desculpa perfeita para justificar a inércia. Daí surge a ideia do sonho impossível, o que nos remete à pergunta inicial: “Há limites para impossibilidade?”
Fernando Pessoa tem uma frase muito interessante que diz assim “Não sou da altura que me veem, mas sim da altura que meus olhos podem ver”, ou seja, estou sempre aonde me coloco.
Vamos pensar em uma pessoa sem braços e pernas, quais seriam as chances de aprender a nadar? A primeira resposta que nos vem à mente é: nenhuma ou quase. Mas, vejam, em 2010, Philippe Croizon, um homem de 42 anos, que perdeu os quatro membros por causa de descargas elétricas quando desmontava uma antena de televisão, usou próteses equipadas com barbatanas afixadas à altura dos joelhos e cruzou o Canal da Mancha em pouco mais de 13 horas. Existem muitos outros casos que não vou expor porque tornariam este texto ainda mais extenso.
O fato é que se pensarmos no impossível descobriremos diversos caminhos em sua direção. Caminhos tortuosos, estradas pedregosas, obstáculos intransponíveis... Olhando para o impossível não se pode divisar um limite, porque o impossível é o próprio limite que nos mantém distantes do objetivo. 
Fhilippe Croizon - http://www.philippe-croizon.com/photos.htm

Obrigada por prestigiar meu blog. Volte sempre!