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terça-feira, 14 de junho de 2011

De volta pro meu aconchego...

Para falar de retorno é preciso primeiramente falar de partida - palavra de vários significados.
Utilizarei, num sentido figurado, como separação, afastamento.
Há um momento em que necessitamos nos afastar para rever posturas, idéias e objetivos. Momentos de mudanças...
Esse meu momento chegou ano passado, como um desejo de descobertas e novos conhecimentos. Mudei de país, mudei a forma de encarar velhos problemas e precisei, para isso, de um tempo. Lembrei da águia que para se reformar busca o pico da montanha mais alta. Meu cume foi outro continente. Subi a montanha e, desde então, venho processando minhas transformações para alçar novos vôos.
Não posso dizer que esteja sendo fácil - quem disse que seria? - Há que sofrer as dores do renascimento; parto dificil, fórceps... O importante é não temer a liberdade, o bater de asas. É enfrentar as dificuldades que as mudanças acarretam.
Este fragmento de um texto de Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio, nos dá a perfeita visão desse terror à liberdade:
                   "Una mañana nos regalaron un conejillo de Indias. Llegó a casa enjaulado. Al mediodía le abri la puerta de la jaula. Volvi a casa al anochecer y lo encontré tal como lo habia dejado: jaula adentro, pegado a los barrotes, temblando del susto de la libertad..."
Não é tarefa fácil sair da jaula e enfrentar outros mundos, novas idéias. É um momento de introspecção, de uma longa e dolorosa conversa com seus fantasmas e demônios interiores. Ouvir a voz do anjo é fácil, mas para seguir seus ensinamentos precisamos, primeiramente, compreender nossa tendência à negação e racionalização. Negamos, quase sempre, as nossas potencialidades em nome de uma aceitação absurdamente escravizante. Racionalizamos nossa conduta, tentando explicar o inexplicável. Substituímos nossos ideais por outros que a convivência social nos impõe.
Nesses momentos se faz necessário certa reclusão. Afastar-se das vozes externas para ouvir melhor a que vem de dentro. Àquela que nos remete a nossa própria experiência de vida.
Embora dolorosa, essa vivência tem sempre um resultado favorável.  No retorno, a convivência se torna mais producente. É o que espero agora. Que meus textos reproduzam esse crescimento, esse renascimento.
Este blog é a minha casa, sempre de portas abertas: antes, durante e depois da reforma.
Estou de volta...

6 comentários:

Luiz Gustavo disse...

parabéns... pelo texto excelente....
espero ver muito mais textos de qualidade como este, feliz regresso
abraços
seu leitor assiduo

Vera disse...

De março a junho. É um sr. intervalo, hein?
Bom retorno a você. ;-) Conheci seu blog hoje e espero vir aqui mais vezes.

Um abraço.

Penélope disse...

Não a conheço pois sou novata no diHITT, mas seja bem vinda, novamente ao seu espaço.
Todas as ausências sempre são prudentes vez ou outra, pois como diz em A ARTE DA GUERRA e as 48 LEIS DO PODER o bom guerreiro tem que saber a hora de sair de cena, de se resguardar para voltar ao combate mais revigorado e cheio de planos...
Gostei do seu espaço e da sua forma de escrever.
Deixo-lhe um grande abraço

Isabel Ruiz, disse...

Resposta a Gustavo, Vera e Malu:

Olá L. Gustavo, obrigada pelo incentivo de sempre.

Vera, foi um intervalo beeem longo. Como mudei de continente, acho que demorei pra me encontrar por causa do fuso horário. rsrsrsrs Obrigada pela visita. Volte sempre, a casa é sua.

Olá, Malu, obrigada pela presença. Espero ve-la novamente por aqui.

Beijos a todos.

Jackie Freitas disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Isabel Ruiz, disse...

Olá, Jackie, obrigada pelo carinho. Seja sempre bem-vinda.
Beijos