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domingo, 15 de novembro de 2009

Vazio existencial - última parte

Como prometido, retomamos o tema a partir da análise da parábola "O homem que foi colocado numa gaiola".
(Não deixem de ler também Vazio existencial parte 1 e 2)
Uma vez que fora despojado da sua liberdade e ao entender que seus sentimentos e desejos não tinham importância para o Rei, o homem renunciou ao direito de sentir e querer. A princípio houve um ódio manifesto pela atitude do soberano, sentimento que podemos entender como sendo a única arma que possuia para não se perder. Mas com o passar do tempo acontece uma acomodação nas suas atitudes e emoções e aos poucos perde a consciência de si mesmo.
Na vida real, o indivíduo não se livra assim do ódio ou ressentimentos, mas direciona-os contra os outros, ou contra si mesmo.
Não podemos negar a existência dos "bem resolvidos", seguros de si, que diante de uma situação de ameaça, assumem uma postura de não se incomodarem além do necessário. Todavia, há em nós uma tendência a recalcar  atitudes ou emoções assumindo uma atitude oposta aos nossos sentimentos. É grande o número daqueles que tiveram de enfrentar momentos difíceis desde a tenra idade e que para não sucumbir a agressividade, culpa e ansiedade, procuram acreditar que amam a quem odeiam.